'Necrochorume': relatório aponta risco de contaminação por cemitério no interior do Acre
09/10/2025
(Foto: Reprodução) Cemitério São João Batista, no interior do Acre
Reprodução/Google Street View
Um laudo elaborado por equipes do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC) apontou que a abertura de sepulturas do Cemitério São João Batista, em Brasiléia, no interior do Acre, não está seguindo a legislação ambiental e que, por isso, o local representa risco de contaminação do solo, lençóis freáticos e até do ar.
Por conta do parecer técnico, o MP emitiu uma recomendação cobrando medidas da prefeitura do município e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).
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O Imac informou que ainda não foi notificado, mas que enviará uma equipe ao local para avaliar a situação e verificar possível dano ambiental. Já a Prefeitura de Brasileia também disse ainda não ter sido notificada, mas que, ao ser comunicada, fará o possível para atender às recomendações “dentro das limitações do município”.
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Segundo a recomendação baseada em laudo do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) o risco se deve à emissão do necrochorume, material orgânico que contém microrganismos como vírus, bactérias e fungos, que podem desencadear surtos de doenças infecciosas graves.
Além disso, o líquido tem substâncias tóxicas que podem infiltrar no chão e contaminar o solo e lençóis freáticos.
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O MP argumenta que o problema compromete a sustentabilidade e a segurança do local, tanto do ponto de vista técnico quanto ambiental.
Para solucionar a questão, o órgão recomenda:
Elaboração de um plano de ação com cronograma detalhado para corrigir as irregularidades.
Fiscalização pelo Imac das adequações que forem executadas pela prefeitura
Caso o Imac ainda encontre irregularidades mesmo após possíveis adequações, o órgão deverá aplicar sanções, caso as normas ambientais não sejam cumpridas. O MP ainda fixou um prazo de 10 dias úteis para que os órgãos envolvidos se manifestem sobre o cumprimento da recomendação.
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